Restaurar a Natureza
A re.green utiliza IA e dados de satélite para tornar o reflorestamento rentável, restaurando a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica em grande escala, ao mesmo tempo em que protege a biodiversidade vital e apoia as comunidades locais.
O Brasil abriga quase 60% da floresta tropical remanescente do mundo. Outrora com mais de 1,3 milhão de quilômetros quadrados, a Mata Atlântica brasileira foi reduzida a menos de 12% de seu tamanho original.
Essa perda é uma grande ameaça à biodiversidade de uma paisagem que abriga inúmeras espécies únicas, como onças-pintadas, preguiças e tucanos, muitas das quais não são encontradas em nenhum outro lugar.
Lar de mais de 150 milhões de pessoas, a floresta também é uma defesa crítica contra as mudanças climáticas. No entanto, sua destruição está perturbando os sistemas climáticos regionais e diminuindo um dos estoques de dióxido de carbono mais vitais do mundo.
Apesar de sua importância, os incentivos econômicos ainda favorecem a destruição em detrimento da preservação e restauração. A re.green reverte essa tendência, mostrando que proteger a natureza pode ser lucrativo para o planeta e para as pessoas.
A re.green torna a proteção das florestas financeiramente viável. Sua abordagem única de restauração combina IA, drones e imagens de satélite com dados ecológicos e financeiros para identificar rapidamente as terras com maior potencial de restauração.
A partir daí, são elaborados planos personalizados para restaurar cada local com espécies nativas diversificadas. É um modelo que permite que a natureza retorne e floresça, ao mesmo tempo em que gera receitas com créditos de carbono de alta qualidade e madeira sustentável, criando fontes de renda confiáveis que apoiam a gestão a longo prazo.
Desde sua fundação em 2021, a re.green se expandiu por 30.000 hectares e quatro estados brasileiros, na Mata Atlântica e na Amazônia, com mais de 12.000 hectares em restauração ativa. Agora, trabalhando com 22 viveiros parceiros, incluindo a Bioflora, um dos maiores viveiros de espécies nativas do Brasil, eles podem produzir cerca de três milhões de mudas por ano. Até agora, a re.green plantou mais de seis milhões de mudas, 4,4 milhões somente em 2024, e tem como meta chegar a 65 milhões até 2032.
Ao comprar e administrar as terras, a re.green mantém a gestão, o que lhes permite monitorar os esforços de restauração nos próximos anos. Essas relações de longo prazo também permitem que a re.green trabalhe em estreita colaboração com as comunidades locais, ajudando-as a construir meios de subsistência sustentáveis a partir da floresta. Até agora, eles criaram mais de 230 empregos, treinaram quase 300 pessoas e atraíram grandes investidores globais, incluindo Nestlé, Microsoft, Agro Penido e BNDES.
Com a meta de longo prazo de restaurar um milhão de hectares de floresta e capturar 15 milhões de toneladas de CO₂ por ano, a re.green está mostrando como é uma restauração inteligente, escalável e impactante – e com enorme potencial para ser replicada em hotspots de biodiversidade em todo o mundo.
Ser um finalista do Prêmio Earthshot significa ter a chance de mostrar ao mundo que as florestas são uma infraestrutura verde.
Durante séculos, a humanidade construiu estradas e cidades como infraestrutura, muitas vezes destruindo a natureza. Agora é hora de reconstruir a própria natureza, em escala, como infraestrutura vital para o nosso futuro; infraestrutura que proporciona retornos comerciais juntamente com benefícios para a comunidade.
Esperamos que nosso trabalho sirva de modelo para a regeneração em larga escala em todo o mundo e estamos empolgados em usar a plataforma Earthshot para inspirar outras pessoas a entrar nesse mercado e fazê-lo crescer.